O que mais me fascina é
a experiência de estar vivendo um momento de transição, vivido somente por poucos
mortais, em épocas pontuais ao longo da História da humanidade. Imagino, por
exemplo, a sensação experimentada pelos primeiros homens, na interrelação e
comunicação entre eles na construção das primeiras sociedades tribais; o
advento do Cristianismo vivenciado pelos primeiros cristãos, ainda
contemporâneos de Jesus Cristo e de seus apóstolos e discípulos, implicando em
mudanças de conceitos de vida, de comportamentos, atitudes e sacrifícios que a nova
religião exigia; o início da revolução industrial, no início do século XIX, com
as mudanças de cunho socioeconômicas, político-culturais influenciadas por
novas filosofias que procuravam mostrar o caminho da felicidade plena que o
homem moderno tinha que percorrer, mesmo à custa das guerras e divisão do mundo
em blocos econômicos distintos.
Hoje, sinto-me vivendo
um momento como esses! O turbilhão de novas tecnologias que surgem a cada dia
tem implementado mudanças no comportamento das sociedades contemporâneas que,
muitas vezes, se mostram confusas diante desse aparato, dessa parafernália
tecnológica capaz de surpreender até os mais jovens (não é à toa que vemos as
mãos de idosos tateando indecisas as teclas e botões de controles remotos e
terminais de autoatendimento). Embora as “novas” tecnologias tenham se feito
presentes há algum tempo, surgindo, pouco a pouco, ao longo do século XX (O
refrigerador, o fogão a gás, o chuveiro elétrico, o rádio e a TV só para citar
alguns exemplos não existiam no início desse século), é com o surgimento dos
computadores (dos PCs, logo em seguida) e da Internet que, de fato, a revolução
tecnológica-digital nos envolveu nesse turbilhão. Lembro-me da minha infância
quando mal tínhamos a máquina de escrever e a TV em preto e banco.
Gostaria de ter uma “bola
de cristal” para ver o futuro porque, tenho certeza, que o mundo será completamente
diferente do que o conhecemos hoje. Só espero que seja um mundo melhor!
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